Os tubarões são pertencentes a classe dos Chondrichthyes. Isto significa que eles apresentam estrutura óssea formada por cartilagem (como as raias).
Os tubarões podem ser marinhos, carnívoros, pelágicos, em quase sua totalidade, eles vão habitar as águas costeiras e também oceânicas, do fundo à superfície. São animais nectônicos, feitos para o ambiente em que vivem e evoluíram.
São adaptados, ocupam diversos nichos ecológicos, tanto de ambientes árticos quanto de ambientes tropicais. Sua distribuição ocorre ao redor do globo, podendo ser chamado ( o grupo) como cosmopolita. Ao redor do planeta são conhecidas cerca de 400 espécies (88 no Brasil), sendo que o tamanho será diverso entre as espécies podendo variar de 0,10m a 18m de comprimento total de corpo.
Os tubarões possuem sua origem a mais ou menos 400 milhões de anos, porém por possuir corpo cartilagionoso, registro fósseis são de difícil preservação. Um registro fóssil encontrado que se assemelha muito aos tubarões atuais, sendo um ancestral, é o Cladoselache, indivíduo que já apresentava muito das características dos tubarões atuais. Era um peixe cartilaginoso com cerca de 1 a 1,5 metros, possuindo já fendas branquiais, nadadeira caudal, espinhos localizados a frente das nadadeiras dorsais (duas) e muitos dentes com formação central. Este se alimentava de pequenos crustáceos e peixes.
Reprodução
Nos tubarões a reprodução é através da fecundação interna. Durante o processo de cópula, o indivíduo macho prende-se ao corpo da fêmea e mantém essa posição mordendo-a no dorso ou nas nadadeiras peitorais. Após, introduzir seu órgão sexual, denominado de clásper no oviduto da fêmea, através da cloaca e posteriormente ocorre a expulsão do esperma.
O desenvolvimento do embrião pode se dar de suas formas, internamente ou externamente. Portanto os tubarões podem ser ovíparos, ovivíparos e vivíparos.
Características anatômicas
Os tubarões irão apresentar nadadeira caudal do tipo heterocerca. O revestimento do corpo se dará através de escamas placóides, que ajuda na hidrodinâmica do corpo. A pele é constituída de dentina e esmalte de grande resistência, as escamas placóides possuem, ao contrário dos dentes, uma cavidade central que contém nervos e vasos sanguíneos.
Podem possuir cerca de 5 a 7 pares de brânquias com aberturas individuais. Diferentemente dos teleósteos estes não irão apresentar o opérculo, que é uma estrutura óssea que protege as brânquias nos peixes ósseos.
Como os tubarões não possuem bexiga natatória, utilizam-se do fígado muito oleoso para auxiliar na flutuabilidade. O fígado do tubarão azul (Prionace glauca) por exemplo corresponde cerca de 20% do peso do animal. Essa flutuabilidade do fígado é muito efetiva.
Os tubarões podem realizar grandes deslocamentos, para migrações reprodutivas e para procura de alimento, o que gera uma grande perda energética e para minimizar essa perda se alimentam-se sempre, quando o alimento é disponível. Esse apetite voraz fazem com que algumas espécies exerçam papéis de detritivoros (alimento em estágio de decomposição). São carnívoros por natureza, se alimentam de teleósteos (Thunnus thynnus, Xiphias gladius), aves e até mamíferos marinhos, como é o caso do tubarão branco que se alimenta de leões marinhos.
O estômago do tubarão é altamente dilatável é o intestino curto é dotado de um septo espiralado, denominado de válvula em espiral, cuja função é de ajudar e aumentar a superfície de absorção e retardar a passagem do alimento.
Para localizar o alimento possui olfato muito sensível além de possuir estruturas sensoriais no dorso e ventre da cabeça denominadas de ampolas de lorenzini, que emite sinais elétricos da presa para o tubarão (batimento cardíaco de um peixe por exemplo).
Veja o vídeo e conheça mais sobre este animal.